Não basta
que arrulhes palavras velhas,
Já gastas de
tão repetidas, nem destiles
Nos
espaldares vivos dos meus sonhos
Essa
sensualidade que ainda me mata.
É pouco.
Preciso mais, de mais, demais
De uma paz
que não conheces, não sabes,
Feita de
silêncios e apreensões, sonhos
Avessos ao
despertar, inquietudes.
Eu me
movo lento na quietude das horas,
Tu te moves
célere e soberana em minutos,
Sem tempo
para o que só se anuncia,
Sem tradução
fora da poesia.
Isso, somos
opostos, antípodas, diferentes
Impróprios a
caminhares comuns
Porque de
destinos diferentes.
Eu busco o
que não sei e apenas espero.
Tu esperas o
que sabes, resoluta
Na
consecução dos próprios pensamentos.
Só sei viver
navegando mares de lágrimas
E tua sensualidade posta nos espaldares
Pode tudo,
menos me fazer chorar.
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