Lembro-te
como um ano
sem estações,
sempre
floradas, em primavera,
constância
de beijos, presença
diuturna de
solares sorrisos.
Eras vegetal
pronto a cópulas,
danças de
borboletas baldias
adejando os teus
lábios,
rubras
pétalas de pólen e néctar,
fonte de
poemas e realização.
Agora, noite
em permanência,
sempre
inverno de silêncio e frio,
caminho sem
saber onde estás,
como simples
sombra, ausência
de
materialidade e luz, espectro
do que fui
um dia em teu corpo
cansado
esperando recomeços.
Por onde
andarás agora, imaterial,
só imagem de
memória, saudade,
inquirição
de quem se deu
e se perdeu
em ti, prematuridade
de ausência
esvaziando dias, anos
adormecidos
nos calendários?
De que
matéria te teces agora,
se
impressionas tudo o que toco,
em presença
constate de quem
saiu a pouco,
para voltar logo?
Onde estás
de direito, por lei,
Porque de
fato estás comigo,
Partilhando
o meu monólogo.
E o mais,
não sei, não sei...
Desconfio
mas não digo,
Espero, como
quem espera abrigo.
Francisco
Costa
O que dizer frente tamanha beleza exposta em sentimentos..."E o mais, não sei, não sei...beijo querido poeta! <3
ResponderExcluir