Ela é água,
e como a água
mobiliza-se
mudanças
a todo o
instante.
Às vezes
flui, mansa e doce,
como se num
riacho
de leves
curvas na planície.
Enciumada,
encachoeira-se
e se faz
corredeiras rápidas,
tempestuosas
pondo perigo.
Alheia,
pensativa, em si
é simples
poça, resto de chuva,
remanso de
mansietude
imune a
ventos e sóis.
Vaidosa,
evapora-se,
faz-se nuvem
longe,
até voltar
temporal
no meu ciúme
ventania.
Zangada,
torna-se polar,
gelo/neve/granizo
em pleno
inverno na cama.
Mas despida
é tudo isso
e mais:
oceanos e mares
onde me
mergulho inteiro
nela, toda a
água
do mundo me
afogando.
Francisco
Costa.
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