Ela é linda,
estampa da beleza
fazendo-nos
pasmos e céticos
diante do
que se mostra na mesa.
É preciso
cama, muita cama nessa hora.
Resistir
como, se diante dela diante de mim,
irrelevadas,
nenhuma outra há?
E começa a
falar, cântico de anjos na voz:
não dorme
antes de conferir o Big Brother;
adora funk,
Michel Teló e academia;
já leu sim,
mas a tanto tempo
que esqueceu
o título e o autor do livro;
é
vegetariana e coleciona tags de mangás;
gosta de
praia cheia, i-pods, pen drives
celulares...
Está sempre conectada,
quando não
no shopping ou na igreja,
concentrada.
Confessou-se “muito centrada”.
Entro
correndo na loja mais próxima
e compro
muito da letra ele.
Onde se lê
cama, muita cama nessa hora,
leia-se
calma, muita calma nessa hora.
Nada é
perfeito. Ela pensa que pensa e, pior,
parece que
fala.
Ela é linda,
um bolo lindo sobre a mesa,
de aparência
lindamente confeitada,
só que de
massa solada.
Francisco
Costa
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