terça-feira, 7 de maio de 2013

DE CACTOS E POETAS (A partir de uma foto no face)


Poeta,
sê como o cáctus da foto, quase todo flor
estampada em nossas retinas enamoradas,
anunciando, cores, formas, aromas doces,
em simbólica intenção: prontos ao sexo.

Faz dos versos/flores contingência,
necessidade de peitos ávidos de amor,
mas sem nunca perder de vista os espinhos.

Eles também fazem parte do cactos,
sempre prontos à reação ao que preda,
incomoda, põe em risco a integridade.

Vê? Aquelas flores são o coração do cactos.
Os espinhos, a consciência. Se parcial,
só de flores ou só de espinhos, está desnaturado,
pode ser qualquer coisa, menos um cactos.

Deposita, pois, tuas flores/versos, intenções
nos corações primaveras
das moças ensolaradas que te esperam,
mas sem abrir mão de fazer justiça
aos verões que te secam.

Francisco Costa.
Rio, 10/02/2013.

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