Não espere
que o amor chegue para a retribuição.
Ama, ama
simplesmente, como um rio, que alheio
ao que o
espera na próxima curva, prossegue e vai.
Ama, ama.
Não importa se com complemento ou não,
se está
ausente ou inexiste. Ama! Ama com alma
porque a
chegada de um corpo pode esperar, calma!
Ama em todas
as variedades do amor: o delicado,
que se eleva
em uma prece de agradecimento
ou se enleva
diante de uma criança ou uma flor.
O solidário,
semeador de risos e esperança,
o que se
expande à mão estendida
e se faz
consolo, pão, compreensão.
E mesmo o
carnal, chaga aberta a doer prazer.
Ama a pátria
porque túmulo dos teus avós,
berço e casa
dos teus filhos e dos teus netos.
Ama a Deus,
reverente e compenetrado
como os
vegetais amam o sol
porque
dependentes e definitivamente ligados.
Ama cada
hora, cada minuto porque irrepetíveis.
Agradece
cada lágrima por que, já passado,
escorreu, já
não te habita mais.
Ama, ama
tudo porque de consequência imediata:
amando a
tudo aprenderás a amar o amor
e aí, enfim,
serás um eternamente apaixonado,
digno de
amar verdadeiramente, e de ser amado.
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