Rosas,
rosas... A quem dá-las?
A uma que as
adormeça num jarro e,
caridosa, se
apiede de tê-las tão sós,
apartadas do
roseiral?
A outra que
as despetale
e
multiplique em mais rosas
desfeitas
perfume no chão,
inundando os
dias e a casa?
A aqueloutra
que, assustada e tensa,
as esconderá
em desculpas
porque
testemunho em cores
de um amor
proibido, escondido?
Ainda a
outra que as meça em preço
e
contabilize o tamanho da prenda
pelo gasto
com as rosas no mercado?
Não! Tenho
que dá-las a quem,
flor a mais
entre flores perdida,
não perceba
que ganhou flores.
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