Se diante do
meu corpo inerme,
Em rigidez
cadavérica, alheio
Ao ar e aos
apelos do mundo,
Guarda teu
bisturi e fórceps.
Não busque
minha pulsação,
Sinais
luminosos na retina,
Impulsos
cerebrais.
Coloca uma
caneta em minha mão.
Se permanecer
imóvel, desligada
Sem redigir
um verso, uma oração,
Pelo menos
desenhar um coração,
Emita o
laudo de óbito: paixão!
Francisco
Costa
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