Os amigos
atentos ao chat,
os que
acompanham a dança
de leds
verdinhos, perceberam
que o meu
não se acendeu ontem
durante todo
o dia, dia de check-up.
Mais para o
cemitério que para berçário,
às portas do
necrotério, passei susto,
todo
conectado a terminais elétricos,
uma
enfermeira bunduda, cheia de curvas,
monitorando-me
impulsos moribundos.
Sem tempo
para alertar aos amigos,
pois colapso
súbito e de madrugada,
esmeraram-se
muitos em suposições,
apreensões,
deduções... Buscando
informações
com parentes próximos,
amigos mais
chegados, até o meu retorno.
Receberam-me
como ressuscitado,
reencarnado
poeta de todos os dias de novo,
esmerando-se
todos em carícias verbais,
nos
comentários e no bate papo,
e então
entendi que não sou facemaníaco,
mas
filomaníaco, amigosmaníaco...
Qualquer
coisa que cheire a necessidade
de cada um
de vocês, mas não agradeci.
Esperei
ocasião propícia, de calma,
com as
perebas do coração curadas,
sem riscos
de reincidência ou recaída,
qualquer
possibilidade de queda, afastada.
Ontem estive
ausente de novo, revisão,
geral na
máquina, para ver se nada frouxo,
com ritmo
alterado, em risco de pane.
Surpreendi
os médicos, meio abismados:
a
recuperação foi total e está concluída,
sem sequelas
e necessidade de cuidados,
com os
exames em parâmetros normais.
Agora,
desinterditado às emoções,
agradeço a
cada um que se preocupou.
Os que
buscaram informações,
os que se
puseram apreensivos,
os que
oraram e pediram,
os que me
receberam com carinho sem fim.
A todos a
minha gratidão e reconhecimento,
o mais
carinhoso muito obrigado.
O lamentar
pelo defunto está adiado.
Espero que
por tempo indeterminado.
Francisco Costa.
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