A Terra foi
invadida e ruma ao extermínio,
presa de
civilização extraterrena, exótica,
com
armamento infinitamente superior.
Toda e
qualquer negociação fracassou.
Negociam com
mentiras, promessas vãs
acordos
estelionatados, compromissos
celebrados
como manobras de engodo.
Nos
televisores as imagens do desespero:
tanques
destruídos como se de papelão,
aviões
desgovernados, em queda livre,
como insetos
moribundos rumo ao solo.
Arde em
chamas o Capitólio, o Politburo.
Derrete-se
Wall Street, rui o Vaticano,
escombra-se
cada prédio, faz-se pó, poeira,
milênios de
trabalho continuado, atestado
de uma
civilização em agonia, morrendo.
Inúteis os
clamores dos religiosos,
os rituais,
cultos, liturgias, orações...
A fé inútil
diante da força teificada.
Nada se lhes
escapa, fazendo-se sangue,
corpos
mortos, debandada de desesperados
a cata de
abrigos, deixando filhos e mulheres.
Tranquilo, o
sábio sabe do temporário
e acalma o
pânico pensando-se eterno:
- Tudo isso
passará. Só estão fazendo conosco
o que
fizemos com os negros na África
e com os
índios na América.
Francisco
Costa
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