Não me
venham com receitas de poemas,
roteiros de
versos, projetos de estrofes.
Nada de
orientações do que e como ser dito.
Poemas são
explosões inesperadas,
palavras que
brotam, indisciplinadas,
esperando
ordenação.
Guarda teu
palpite. O poema se explica,
não precisa
do teu olhar clínico, da análise
fria do
legista que se propõe pediatra.
Um poema é
só um grito, uma lágrima,
simples
soluço, fotografia de um instante
que se
eterniza qualquer coisa indizível,
invisível
aos que só soletram palavras.
Francisco
Costa.
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