Eu queria
ser simples, normal,
Caminhar
pelas ruas, avenidas,
Como
qualquer mortal.
E dar
provimento às coisas bobas
Que se
erguem à nossa frente:
Perambular
corredores de shoppings,
Atento a
tudo o que não compraria;
Sorrir
fácil, andar, tomar coca-cola,
Babar no
decote das moças que passam,
Me perder
nas curvas que passam,
Fazer versos
só falando de mim,
Acreditar em
gurus, pastores, políticos...
E pouco me
dar ao sol atrás das paredes.
Mas não.
Contaminado de curiosidade
E apreensão,
insisto sempre
Em olhar
para o invisível aos olhos.
E ouvir as
insinuações do silêncio.
Essa a minha
sina: coletar os meus pedaços
Que,
dispersos, fazem o mosaico do mundo.
Francisco
Costa
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