quarta-feira, 8 de maio de 2013

ALUCINAÇÃO


Alucina-me esse seu corpo assim escancarado,
Aberto aos segredos de tudo, nunca por demais
Por mim desejado.

Alucina-me seu olhar doce felino, ferino,
Derramando insinuações que não ouso,
Por mim desejadas.

Alucina-me tua mão leve, toque de pluma,
Peso de neve em descanso no peito
Por mim desejado.

Alucina-me você toda assim alheia, distante,
Impossível e intacta, imprópria ao ato
Por mim desejado.

Em então, alucinado, vou ao poema
Como ao banho, nu, vestido só de você.

Francisco Costa.
Rio, 10/03/2013.

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