Que trazes nesse olhar de menina
Que se alça mulher quando escreve?
O que escondes, mulher, lírica e doce
Quando, aberta ao mundo, te ofereces
Dádiva na bandeja de prata da poesia?
Poema de carne e luz, anuncias trevas
De curiosidade e medo, quando digitas
Em sofreguidão de quem se dá pouco,
Por partes só insinuadas em versos.
E a imaginação corre, acelera, avança
Em busca do inalcansável, a poesia
Que se esconde, cruel, num poema
Só de palavras e intenções, frestras
Por onde se mostram, inalcansáveis
As tuas sinuosas curvas de mulher.
Francisco Costa
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