Dócil e doce,
mimeticamente disfarçada
nas dobras dos dias.
Inquieta e tonta,
deliciando-me os olhos
repletos dos seus gestos.
Hirta e imóvel
como uma palmeira
emoldurando as tardes.
Lacrimosa e suave
como uma pétala
enfeitada de orvalho.
Ela dança saudades
no meu corpo desocupado
navegando na memória.
Francisco Costa
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