Um dia as
flores crescerão
E inundarão
tudo,
Mesmo se
nada houver a inundar.
Sorridentes,
brotarão das entranhas,
Ainda que
estéreis e estranhas,
As flores
brotarão um dia.
Lançar-se-ão
sobre máquinas e jardins,
Corroerão
impérios e cemitérios,
Matarão o
último algarismo,
A última
fórmula,
A última
poção mágica.
Não serão
flores coloridas de fogo,
Nem
miniflores roxas fetai, fatais.
Serão
flores, apenas,
Grandes e
pequenas,
Porque as
flores se bastam,
Transcendem
quem lhes deu vida,
Existem por
si só
E num nada
anunciam a própria presença.
Sem flores o
mundo está acabado,
Sem o fogo e
sem o frio,
Permanecendo
num nada
Por nada,
Sem nada,
Vazio.
Francisco
Costa
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