Hoje, dia da
saudade,
Presto culto
a esta deusa cruel,
Edificada em
lágrimas e adeuses.
Sim. Hoje,
ao avesso, louvo o adeus.
O adeus dos
que viajaram
E de mãos
abertas, dedos separados,
Acenaram,
sem saber se voltariam.
Os adeuses
de portos e aeroportos,
De
rodoviárias e curvas de estradas.
O adeus dos
que deixaram rosas,
Bilhetes,
recados sobre cabeceiras
E o próprio
cheiro no travesseiro.
O adeus de
diante da sepultura,
Boca aberta
para a refeição do nunca,
Sem que o
viajante possa acenar.
O adeus que
interrompe beijos,
Aparta fomes uterinas
Impede
explosões de sentidos.
O adeus,
simplesmente o adeus.
Ah! Deus!
Francisco
Costa.
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