Sabe, amigo,
procuro referências
Para
situá-lo nessa farsa,
Nesse circo
onde se exibem
Palhaços em
agonia, marionetes
Movidos
pelos cordões do capital,
Malabaristas
do embuste,
Como um
triste espetáculo
De fim de
temporada.
Sim amigo,
eles agonizam,
Caem sem que
precisemos
Empurrá-los,
afogados
Na própria
ignomínia,
Na
pusilanimidade que são.
Quem eu
encontraria
Para
comparar à sua situação:
Jesus
açoitado e cuspido
Por ter
ousado amar ao próximo?
Mandela, com
metade da vida
Presa,
encarcerada por entender
Que o negro
é igual ao branco?
Conforme-se
por hora, amigo.
Há momentos
na história
Em que o
único lugar digno
De homens
dignos é a cadeia.
Estão em
extinção e esse gesto
É a última
tentativa de sobrevida,
O estertores
dos quase cadáveres,
O cavar das
próprias sepulturas.
Essa sua
angústia e tormento
São coisas
passageiras,
Passarão
junto com eles
Rápido, para
que definitivamente
Não se atrasem
os seus velórios
Nos esgotos
da história.
Francisco
Costa
Rio,
14/11/2013
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