Rio-me,
rio-me às escâncaras,
De sorriso
rasgado
E
gargalhadas constantes,
Pequeno
projeto mal acabado
De ditador
semeando sorrisos.
Rio-me da
tua luzidia careca
Cintilando
na luz dos holofotes
Da mídia que
te usa e manobra,
Instrumento
temporário do poder,
E da tua voz
esganiçada e ridícula
De marreco
na forca.
Rio-me dos
teus trejeitos e gestos,
Agitados, de
ritmo sincopado,
Embaralhando
pés e mãos,
Beiços e
orelhas,
Em naturais
caretas,
Como se
recém saído do passado,
De uma seção
de eletrochoques.
Rio-me
quando dormes em plenário
Ou pastoreia
melecas e muco
Nas próprias
narinas,
Durante
entrevistas.
Rio-me da
tua humildade
Querendo
mastigar o executivo
E mascar o
legislativo,
Com projeto
de investigar a ONU
E cassar o
Papa.
Teu gestos e
atitudes, iniciativas,
Só se
pretendem grandes
Porque para
esconder a tua pequenez
De pequena
larva saída do esterco
Para jamais
ser borboleta.
Rio-me hoje
como se riem
Setenta por
cento de todos,
Caminhando
para a unanimidade.
Mas não
fique triste, triste figura.
Apesar de
tudo ostentas ainda o sorriso
Cínico da
bondade de Maquiavel,
Adorno que
te fará belo defunto
No panteon
do esquecimento.
Não postarei
tua foto, desculpe-me.
Não para
evitar propagandeá-lo
Ou facilitar
a identificação.
Em preocupado
respeito
Às crianças
e aos cardíacos,
Posto o
sósia.
Boa morte,
excelência!
Francisco
Costa.
Rio,
21/11/2013.
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