Como amar,
senão
Com a
precisão do cirurgião
Atento e
concentrado, certo
De que está
tudo em sua mão?
Com a
determinação da abelha
No
cumprimento da sua missão,
Navegando
entre flores, dedicada
Certa de que
a próxima florada
Dependerá da
sua dedicação.
Com a
seriedade do menino
Sentado no
tapete, colorindo
Uma paisagem
no papel,
Como se as
próximas horas
Só
dependesse dele absorto,
Reconstruindo
o mundo?
Como amar,
senão
Na
inauguração do alívio
Por chegada
em porto seguro
Depois dos
vendavais da espera,
Das
borrascas da angústia,
Do quase
naufrágio pela demora?
Como amar,
digam-me pois,
Senão com a
mansietude
Dos amantes
que se querem,
Entre
carícias e beijos,
Como se
despedindo-se de tudo?
Como amar?
Francisco
Costa
Rio,
27/10/2013.
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