Um general
morreu,
É agora só
podridão
Em repasto de
vermes.
Suas mãos,
afeitas a gatilhos e tapas,
Jazem na
imobilidade da impotência,
Liquefazendo-se,
pútridas, em caldo
Malcheiroso
tornando-o nada.
O silêncio
agora é sua ordem de ataque,
E a ausência
dos olhos já devorados
Restabelece
a originalidade do cego
Fabricante
de cadáveres nas tardes.
Seus ouvidos
são agora portais de insetos,
Carunchos e
larvas no trânsito do anônimo,
Despido da
pretensa e inútil importância
Que ostentou,
entre medalhas e divisas.
Seus
subordinados já o substituíram , e
Prestam
continência para o temporário
Que se
propõe perpétuo e pra sempre,
Repetindo as
mesmas ordens e comandos.
Incólume na
sepultura, só a farda.
Segundo uns
porque de tecido sintético,
Não
biodegradável, quase eterno.
Segundo
outros porque nem aos micróbios
Interessa
servir-se de generais.
Francisco
Costa
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