Neste
mausoléu de mármore e terra
Repousam a
prepotência e a riqueza,
A certeza da
impunidade, a avareza.
Já nesta
cova rasa repousa a carência,
A fome
desmedida, a impotência,
O descrédito
na justiça, a indigência.
Alheios a
adjetivos, desconhecedores
Do que
aparta e mal reparte, os vermes
Consumam a
verdade derradeira:
Devolver ao
anonimato dos temporários
Os que se
pensaram para sempre,
Com a
eternidade inteira.
Nem rico nem
pobre, doente ou são,
Só cadáveres
em putrefação.
Francisco
Costa
Rio, 09/11/2013.
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