Entre lírios
e madressilvas ela sobra.
Seu corpo,
fragrância de desejos,
Confunde e
rapta, tira do cotidiano,
Como fato
inusitado, não imaginado.
Há nela
qualquer coisa de estranho
Que verte
luz e entorna surpresa,
Como verão
em junho, ou naufrágio
Em mares que
secaram por ela.
Irreal e
doce, flutua suas formas,
Diáfanas e
passageiras, muito breve,
Como nuvem
única em céu azul.
Para ela não
há rima possível
E qualquer
palavra que não desconcerto
Faria
sentido nesse quase soneto.
Francisco
Costa.
Rio,
13/11/2013.
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