sábado, 30 de novembro de 2013

Entre lírios e madressilvas ela sobra.
Seu corpo, fragrância de desejos,
Confunde e rapta, tira do cotidiano,
Como fato inusitado, não imaginado.

Há nela qualquer coisa de estranho
Que verte luz e entorna surpresa,
Como verão em junho, ou naufrágio
Em mares que secaram por ela.

Irreal e doce, flutua suas formas,
Diáfanas e passageiras, muito breve,
Como nuvem única em céu azul.

Para ela não há rima possível
E qualquer palavra que não desconcerto
Faria sentido nesse quase soneto.

Francisco Costa.

Rio, 13/11/2013.

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