Acho
engraçadíssimo o amigo.
Ele pensa
que Gramscy
É uma
verdura tenra e doce,
Da família
da alface, e Marx,
Um sargento
alemão
Encarregado
de fuzilar judeus.
Sem
dinheiro, nem eira ou beira,
Repete o
discurso da direita,
Defendendo privilégios
de ricos
E a própria
manutenção
No umbral
dos excluídos.
Ocasionalmente
lê do crime
Passional
cometido na esquina
E um ou
outro versículo bíblico,
O que lhe dá
autoridade e poder
Para
discutir tudo e sobre tudo,
Imune e
acima de estatísticas,
Teses,
pronunciamentos, leis...
Pede
ditaduras... Pela democracia.
Prisão e
tortura, mortes, em nome
De Nosso
Senhor Jesus Cristo,
Aleluia!
Tudo o que o
contraria ou contesta
É mentira de
comunistas, invenção
De
assalariados da esquerda
Disseminando
o ódio e a violência.
Seriam
engraçados, pândegos,
Se não
fossem perigosos.
Foram os
desse tipo que mataram,
Baniram,
exilaram, torturaram,
Devidamente
lobotomizados
Pelos
economistas do império
Que os
transformaram em robôs
Vigiando os
cofres internacionais.
Não é
verdade que mijam nos postes
E dão
cambalhotas no zoológico.
Aí já é calúnia.
Francisco
Costa
Rio,
26/10/2013.
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