Na
metafísica dos prazeres
Esconde-se o
impronunciável,
O interdito
ao público
E que só se
revela em plenitude
Em momento
específico.
Como
imaginar aquela senhora,
Virtuose das
pudendas falas,
Nua,
desfazendo-se em gemidos
Postos entre
o teto e o travesseiro,
Aquele homem
de negócios,
Compenetrado
e atento, racional,
Às
gargalhadas de pós orgasmos,
Entre o
lúdico e o anormal?
Atentai a
todos, seres normais
Entre
gôndolas nos supermercados,
Percorrendo
corredores de shoppings,
Em vigílias
e orações, nas igrejas,
Ou em casa,
abençoando filhos
Ou dando
provimento às faxinas:
Disfarçam
tão bem a sexualidade
Que não os
imaginamos prazeres
Em descanso,
no intervalo
De si mesmos
em plenitude.
Palpites,
conceitos e opiniões
São meras
atividades vazias
Para
preencher vazios
Entre dois
encontros.
O amor é
nossa essência.
O mais,
atividades passageiras,
Alimento e
disfarce.
Francisco
Costa
Rio,
11/11/2013.
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