sábado, 30 de novembro de 2013

Entre braços e abraços
Sinto-me só.

Há um que de vazio
Que penetra e insiste,
Como luto ou saudade.

Conto as horas
Como quem conta moedas
Para pagar dívida indevida.

Entre o ontem e o amanhã
Me perco por aqui,
Temeroso de nunca mais
Me encontrar.

Sem saber se morro
Ou insisto,
Quase desisto,
Insisto,
Para me permitir ao laço
De mais um abraço.

Francisco Costa

Rio, 17/11/2017.

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