Preso nos
liames que me impuseram,
Acreditei
nas verdades escolares,
Nos
discursos religiosos, perorações
Gastas
movimentando-me alheio
E tonto,
inconsciente, rindo por nada.
Cordões
outros me atavam e prendiam
No bom
comportamento geral e único:
O da sexualidade
reprimida, mal contida
E
preconceituosa, criticando no alheio
O que em mim
faltava; o do consumo
Irracional
anunciado na televisão, no rádio,
Nas vitrines
e corredores de shoppings;
O do partido
político modelando vontades.
Um dia,
cansado do monótono e sempre,
Do cotidiano
e permanente, movimentos
Orientados
pelos donos de mim adormecido,
Acordei e
rompi cordas, correntes, barbantes,
Matando o
boneco que morava em mim.
Foi assim
que amanheci poeta.
Francisco
Costa
Rio,
09/11/2013.
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