Meu melhor
amigo?
Meu lápis,
extensão da minha consciência,
E que nunca
redige o que me viola ou violenta.
Quando nas
noites frias, lentas, enormes...
Me embalo no
cobertor e me aqueço só,
É ele quem
foge da gaveta e me anuncia
A
possibilidade de possíveis companhias,
Me redigindo
em nuance de acompanhado.
Se no furor
do inconformismo e da luta
É bálsamo e
lenitivo, portal onde extravaso
Minha ira e
minha ironia, em forma de poesia.
Nunca alheio
ou distante, como um cão fiel
Vigia-me,
acompanha-me, vela-me o sono,
Esteja eu no
inferno ou no céu.
Tive
amantes, amigas, mulheres, namoradas;
Amigos,
companheiros, parceiros, camaradas;
Animais de
estimação, mas nenhum, nenhum
Me conheceu
tanto e tão por inteiro
Quanto o meu
lápis, meu fiel companheiro.
Francisco
Costa
Rio,
17/11/2013.
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