sábado, 30 de novembro de 2013

Agora, coberto pela pátina do tempo,
Desgastado, corroído, sempre só,
Palmilho os meandros do meu interior.

Vasculho becos, caminhos escuros,
Retas de plena luz, ornado em flores,
Onde destilei meus sorrisos mais doces.

Eu não me queria esse, assim, procura
De mim em mim distraído, redigindo
Palavras gastas e versos antigos,

Nascidos dessa busca constante, feita
De apreensão e curiosidade, curioso
Do que se esconde na próxima curva.

Delito na tranquilidade, impostura
Posta na ceia dos contentes,
Persigo-me como um cão ao seu rabo,
Em círculos, rodando, rodando...
Até que a tonteira se faça poesia,
Algo que não sei nem explico,
Experimento.

Francisco Costa

Rio, 25/11/2013.

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