Abstenha-se
de dizer qualquer coisa agora.
Quero o seu
silêncio, a mudez cúmplice
Desse
momento, intervalo na minha vida.
Quieta. Você
pode atrapalhar esse instante
E diluir o
que se quer poesia agora,
Esse meu
estar em tudo porque tudo você,
Parcimônia
de gestos contidos, de olhares
Postos em
mim gravitando o seu corpo,
Dimensão de
sonhos que se fez carne
Para habitar
minha cama e meu mundo,
Agora
extensão de você quieta, calada,
Como uma
constelação de luz e cores
Desabando
magia em cada hora do dia.
Contemplativo
e absorto, sorvo em goles
De
parcimônia e calma, comedido,
O que se
quer não mais que encanto.
Francisco
Costa
Rio,
10/11/2013.
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