sábado, 30 de novembro de 2013

Não me peçam poemas,
Eles migraram,
Habitam agora o inacessível
E se bastam no anonimato.

Cansado de redigir solidão,
Espero agora poemas novos,
Mais claros e sorridentes,
Emplumados de coisas novas
E diferentes.

Os antigos, os mandei embora
Porque repetitivos e surdos,
Alheios às impressões do mundo.

Não quero mais chororôs digitados,
Reclamações miúdas e pessoais,
Lamentos baratinhos, catarses
Para o que em mim já não cabe.

Quero poemas vigorosos,
De palavras cortantes
E regados a luz.

Essa penumbra me cansou.

Francisco Costa

Rio, 25/11/2013.

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