Descendente
direto de Deus,
Porque em
permanente afã de fazer,
Sou avesso a
papel em branco
E
superfícies lisas, atestados de desperdício.
Só sei viver
modificando, contrariando,
Impondo as
minhas digitais em tudo,
Ora com
letras, as vezes com pigmentos,
De maneira a
não deixar nada incólume.
Esta a minha
sina: intervir, modificar,
Inconsciente
de que pensando mudar tudo
Só estou
mudando a mim mesmo.
Indignado em
meus limites,
Cresço
tentando estar em tudo.
Por isso
esse versos, esses quadros...
Essa enorme
vontade de não desistir.
Só a morte
me corrigirá.
Francisco
Costa
Rio,
27/10/2013.
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