sábado, 30 de novembro de 2013

MAQUINOMEM

De engrenagens e sons,
Negro e viscoso sangue,
Petroquímico,
Mal cheirosa e renovável,
A máquina se repete,
Automática,
Em movimentos regulares
Como pulsação cardíaca.

No painel de controle,
Peça a mais,
Embora capaz de vontades,
Um ser humano se recusa
Humano, e pulsa
No monótono ritmo
Da máquina.

Com ferro e carne,
Fios e músculos,
A humanidade
Se automatiza.

Francisco Costa

Rio, 24/10/2013.

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