Não, menina, não chore,
Tenho ainda alguns sonhos
E carícias para lhe dar.
Aconchegue-se em mim,
Esponja de secar lágrimas,
Para que permaneçam em mim
Molhado do que lhe incomoda
E desgasta, faz triste assim.
Tenho versos, borboletas,
Cores desconhecidas, música,
Muita matéria que me encanta
E vai encantar você também.
Vem, amparemo-nos doces,
Confiantes, em identidade tanta
Que sorriremos e choraremos
Juntos, como se fôssemos um.
Vem. Vem que a idade não tarda
E a tarde logo anoitecerá escura,
Tornando-nos apartadas estrelas,
Distantes o bastante
Para que não faça sentido
Eu dizer pra você: vem!
Francisco Costa
Rio, 17/12/2016.
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