Fauno eunuco
Castrado em minhas vontades,
Dedilho as contas das ambições.
Tens mel nos lábios,
Floral hálito de hortelã
Quando te expões inteira
Às minhas retinas enamoradas.
Tudo em ti é magia, encantamento,
Exposição de motivos para amar.
Ainda que zangada, presa do ciúme
Que te engravida vestal em culto,
Deslizas elegância sobre o tapete,
Perfumando todos os cômodos,
Incensados com a tua presença
De parcimoniosa irritação.
Mas logo estás em meus braços,
Rendida e dominada, súplice
De que eu não faça isso ou aquilo,
Não fale isso ou aquilo, cale,
Mais alimentando o que me rende,
Equivocada, acreditando
Que a predadora é a presa.
Francisco Costa
Rio, 14/01/2017.
Nenhuma mulher que tenha passado pelos teus braços, foi predadora e sim a presa, como vc escreveu nesse poema.
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