Agora flutuo, pairo
Sobre o teu corpo,
Acidentada paisagem
De abundante relevo,
Em exata composição.
É como se dançássemos,
Uno, na horizontal,
Uma canção silenciosa,
Só de ritmo, sem sons,
Senão os seus arfares
E os meus esgares,
Numa explosão plástica
De murmúrios e chios.
Nenhuma noite bastará
Para nos conter assim
Bailando, bailando
Sutil valsa no início
Para culminar apoteose
De rock progressivo,
Ato final que nos fará
Descerrar o lençol,
Cansados, sob o aplauso
De sutis e doces sorrisos.
Francisco Costa
Rio, 20/01/2017.
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