Senhora,
Que culpa tenho
Se a vejo menina
Em meus braços
De senil menino?
O que nos impede
Viventes em plenitude,
Em provimento da vida,
Este intervalo de prazer
No hiato do anonimato?
Porque furtar-se
Ao que flui e encharca,
Abdicando de si assustada
Em nome de tabus?
Venha, demo-nos as mãos,
Percorramos praças por aí,
Em beijos e despudor,
Livres como meninos de novo,
Redivivendo-nos debochados
Um acinte ao preconceito,
Mostrando que a idade,
Mero detalhe,
Não nos aposentou.
Francisco Costa
Rio, 01/01/2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário