segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

E eu, que sempre te esperei
E pensei que não existias,
Surpreendo-me adolescente
Acordando sonhos antigos.

Longe do espelho renasço,
Sem rugas e em sobressaltos,
Em delírios tardios e novos
Impondo-me sonhar de novo.

Energia nova me percorre,
Devolvendo tempos antigos,
Como sedento na fonte, ávido,
Em sôfregos como se últimos.

Percorro teu corpo, distraído
Como outrora, natural,
Despido de preconceitos,
Avaliações... Só em fome.

Clandestino de mim
Exibo-me outro, o que fui
E agora retorna integral,
Em plenitude de menino.

Na tua cama te esperando
Ardo-me como me ardia,
Misturando, confuso,
Realidade e poesia,

Francisco Costa

Rio, 13/01/2017

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