Sempre essa
rotina,
Amanhecer
prenhe de poemas,
Ocasionalmente
de contos,
Crônicas ou
desenhos.
Que maldição
é essa que me assola,
Reduzindo-me
a mãos e olhos
Em
reconstrução do mundo?
O que de
fato se esconde
Nesse
imperativo enfadonho
De
reescrever o que está pronto?
Eu me queria
outro e diferente,
Vazio de
teorias, oco de hipóteses,
Sem me saber
só mais um no rebanho.
Eu não me
queria senhor de mim,
Mas em
exercício de livre arbítrio,
Como um
ponta de frente pro gol,
Em decisão
crucial, se chuta ou passa,
Se arrisca
ou se livra da bola,
Incumbe a
outro a vaia ou a vibração.
Mas não,
mero apêndice das mãos,
Repito-me
automático na redação
De mim
querendo-me outro.
Esta a minha
liberdade:
A de não me permitir
senhor
Porque
nascido escravo de mim,
Essa
permanente reclamação
Nascida para
não repetir sim.
Francisco
Costa
Rio,
14/04/2014.
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