Esqueci-me
de ostentar salvaguardas.
Assim,
vulnerável, sem a blindagem
Do disfarce,
mostrei-me sempre inteiro,
Uma festa
para os adversários atentos,
Bombardeando
os flancos e o núcleo.
Ainda que em
algum momento ocasional
Tenha dissimulado
intenções e vontades,
Foi sempre
na busca de fazer sorrisos.
Já há
desgraça bastante para todos nós,
Em varejo e
no atacado, nas prateleiras
De todo dia
e a toda hora, cotidiana:
Adeuses,
doenças, discordâncias, quedas,
Em
semeaduras de safras de tristezas.
Porque
erigir-me arauto das tempestades
Se posso
anunciar que amanhã haverá sol?
Ao que
chamas otimismo chamo realismo.
Porque
chorar por ter um braço amputado
Se posso me
rir de um braço sem sentido,
Por não ter
um corpo que o justifique?
O segredo é
esse, saber que mesmo a merda
Pode chegar
ao solo e o enriquecer, crescer
Até virar
flores ou maçãs.
Francisco
Costa
Rio,
03/04/2014.
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