O que
incomoda é a solidão,
A sensação
de estar solto,
Flutuando
numa imensidão,
Fraturado de
mim mesmo,
No mais
íntimo, na essência.
Irremediavelmente
sozinho,
Tateio meus
limites ao lado,
Tão próximos
que encarceram,
Reduzindo-me
à imobilidade
De só um
corpo e mais nada.
Minhas
vontades, as depositei
em vontades
e coisas perdidas,
devoradas
pela vida, só indício
do que não
sei e jamais saberei.
Entre o
remoto dos sorrisos
E o futuro
do não sei
Assisto-me
Autômato dos
meus desejos,
Irrealizáveis
porque antigos,
Sepultados
no nunca mais.
Francisco
Costa
Rio,
10/04/2014.
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