Hoje, dia do
choro,
Das lágrimas
compulsivas,
Do pranto
sem pudor,
De soluçar
ausências.
Se choro não
o faço por mim,
Parte que
sobreviveu,
Pedaço
remanescente
Para
testemunhar mortos,
Cadáveres
insepultos
Reclamando
velórios.
Malditos sejam
os assassinos
De nomes
ilustrando os livros
Da desgraça
estampada
Em linhas
escritas a sangue,
Uivos,
dores, vômitos e morte,
Pelo crime
da não submissão,
Da convicção
de mundo melhor.
Hoje, dia da
consciência,
Do banho em
lágrimas
Que não
foram inúteis,
Verteram-se,
abundantes,
Para
hidratar a história
Com sublime
lição:
Os que hoje
se curvam,
Calados, ou
protestam,
Fazem- no
porque, antes,
Outros deram
a vida
Para lhes
permitir
Resistir ou
se curvar.
Nossos
heróis reclamam
A nossa
homenagem hoje,
Atentos aos
que lhes seguem
Os passos
rumo à claridade
De um mundo
novo.
Francisco
Costa
Rio,
31/03/2014.
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