(Para Álvaro
Dias, Aécio Neves e Agripino Maia,
exemplos do
que até os esgotos recusam)
Ei-los, em
revoada, de volta,
Prontos a
sangrar e destruir,
Os abutres
travestidos
E que
supúnhamos mortos
Apodrecidos,
navegando
Nos charcos
das próprias podridões.
Ei-los,
empedernidos destruidores
Com aduncos
bicos prontos
À laceração
do que se quer amanhã,
Mastigando
conquistas e vitórias,
No
revanchismo que se quer crime.
Ei-los, de
remuneradas almas
E
tributáveis sentimentos,
Novamente
nos palanques podres
Da
ignomínia, da covardia, do asco
Paramentado
de parlamentar.
Ei-los em
desafio ao que é sensato,
Atravancando
manhãs de sol,
Na pretensão
de inaugurar o luto
E engendrar
o caminho do retorno
A dias
nebulosos, de triste escuridão
Galopando
gemidos e sangue, fome
Corroendo
entranhas e futuros.
Ei-los,
demoníacos espectros
No afã do
roubo, da subtração,
Do saque, da
obtenção ilícita
Da fortuna
que os matará.
Malditos
sejam todos os torpes,
Os
maculados, os que não se podem
Honestos
porque nascidos ladrões,
Em congênito
aleijão moral,
Em mais uma
vã tentativa
De suprimir
sorrisos e saciedade.
Ei-los,
erguidos das sepulturas,
Em oferenda
à rejeição dos justos.
Que malditos
sejam pela eternidade
Todos os que
pretendem nos lesar,
Tomando de
nós até a eternidade.
Francisco
Costa
Rio,
28/03/2014.
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