Tirania, o
teu nome é sevícia, embuste,
Malversação
da vida humana
Em
holocausto ao deus dinheiro.
Te
alimentavas de sangue e com sangue
Erigias
fortunas particulares, comissão
Do
sangramento internacional
Que
administravas a ferro, fogo e lágrimas.
Pródiga em
semear prantos maternos
E fabricar
órfãos, fizeste do verde
A cor do
luto e do medo, da morte
Como
princípio, meio e fim.
Aos que
ousaram te enfrentar reservaste
Os uivos
infernais, o ranger de dentes
Alimentando
maníacos de doente selvageria,
Impondo-os
seculares dores, sangrando-os
Como à rês
retalhada no açougue do mal,
Teus porões
de horripilantes covardias,
Ensinadas
por teus patrões e proprietários,
Aos quais
servias em fluente inglês,
Como os cães
vira latas nas sarjetas,
Abanando as
caudas a míseras sobras.
Em teus
escuros jardins de flora escura
Vicejaram a
hipocrisia, o mercantilismo,
O saque puro
e simples do que se pretendia
Humano
encarnado saciedade e sorrisos.
Percalço no
trânsito da felicidade, câncer
Na saúde
social, vômito na refeição,
És hoje
referência da vergonha e do caos,
Exemplo de
quase bíblica mazela,
Peça inútil
no museu das inutilidades.
Hoje ainda
alguns te são simpáticos
E te clamam
pelo teu retorno.
Destes,
metade não te conheceu,
E cultua
César acreditando Cristo.
Já a outra
metade sofre de carência,
A de querer
que retornes
Para fazer o
que a covardia deles
Não permite
que eles mesmos façam.
Francisco
Costa
Rio,
29/03/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário