Meu bom
humor?
Eu o perdi
por aí,
Atravancado
no trânsito
Do que não
se pode normal.
Meu sorriso
se diluiu
Em cadáveres
negros
De jovens
nas vias públicas,
De olhos
abertos, apagados.
Minha
gargalhada morreu
Na
puerilidade do que vejo
Nos jornais
e na televisão
Tratando-me
como se doente,
Com
limitações mentais.
Palavras
doces, como dizê-las,
Se em
salsugem e maresia
Desabrocham
impropérios
E florescem
ofensas que,
Ainda que
não ditas ou faladas,
Em atitudes
se anunciam?
Minha
liberdade agora,
Restrita a
poder se indignar,
Exercita-se
entre o silêncio
E a inglória
missão de chorar.
Francisco
Costa
Rio,
29/04/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário