Minhas
culpas? Eu as purgo
Em salmoura
e saudades,
No silêncio
das madrugadas,
Em cada
minuto que estou só.
Estas, não
vocalizo nem descrevo,
Não as
empresto a versos e contos,
Porque
contam no inventário da dor,
No que não pode
ser dito ou descrito.
Minhas
culpas? São feridas abertas,
Tempestades
em dias de domingos,
Asa quebrada
em pássaro apaixonado,
Ausência de
pétalas na floreira.
Disto não
falo, não canto, não escrevo,
Talvez para
mais doer e machucar,
Como dardos
de madeira aromática,
Cheirando a
perfume e sangue.
Francisco
Costa
Rio,
06/04/2014.
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