quarta-feira, 23 de abril de 2014

Ainda que distraída e distante,
Espalha sensualidade, impõe
Suspensão de respiração, silêncio,
Reticências na frase interrompida.

Não caminha, baila no espaço
Que a circunda e completa,
Palco onde se encena desejos,
Em ritmo que alucina e abate.

Toda sexo, se estampa luxúria
Em corpo ornamentado perfeito,
Como se fruto único, temporão.

Nascida para habitar imaginações,
Raramente se veste ou se protege,
Desnuda e vulnerável, rendida,
Nos crânios alucinados e tontos
De homens contritos, em oração:
Eu quero!

Francisco Costa

Rio, 15/04/2014.

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