Preciso
borrar seu batom,
Manchar seu
rímel, arrepiar
A nuca e
cada pelo, em apelo
A uma posse
urgente, rápida
E diferente,
de maneira total.
Preciso
curar minha carência,
E amar tanto
e de tal volúpia
Que tudo em
si será astúcia,
Fazendo da
graça, indecência.
Preciso
muito e agora, logo,
Transfundir
meu sangue
E suar. Suar
as gotas de mim,
Até me
sentir exangue.
Assim,
quando o dia amanhecer,
Serei um
estranho no espelho,
Procurando-me
e só vendo você.
Francisco
Costa
Rio,
06/04/2014.
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