quinta-feira, 3 de abril de 2014

O que dói é saber
Que amanhã haverá nova manhã
E eu poderei não estar presente.

As flores continuarão na floreira,
Os estudantes se uniformizarão
E as aulas transcorrerão normais,
Mas sem o meu testemunho.

Alguém postará mais um poema,
Uma foto, um dito, uma oração,
Mas envolto em névoa, solitário,
Imune à vida escorrendo no vídeo,
Estarei na solidão dos séculos,
Inconsciente e sem sentido,
Navegando anônimo no infinito.

Pensar que se pode morrer é chato.

Francisco Costa

Rio, 03/04/2014.

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