domingo, 6 de abril de 2014

Devassa, é assim que te quero,
Despida do que se ostenta disfarce,
Definitivamente nua, só vontades.

Toda sexo circunscrita em pele,
Em morna maciez de entardecer,
Ou madrugada de lua nas praias.

Devassa, absolutamente devassa,
De cortinas apartadas, ao vento,
Revelando tudo o que escondia,
Em convite de urgências nervosas.

Assim te quero, livre de limites,
Intumescida e doce, molhada,
Para regalo do meu amanhã.

Devassa, em milimétrica doação
De cada ponta e ponto, cada pelo,
Como apelo desse pobre coração.

Francisco Costa

Rio, 05/04/2014.

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